CASSANDRA


A Cassandra surgiu em 2014 na cidade de Curitiba, formada por Daniel Silveira (baixo e voz) e Karina D'Alessandre (bateria) . Sim pessoal. Se na maioria das bandas há a ausência de baixo, aqui o som do duo se caracterizou pela presença dele e a ausência dessa vez foi das guitarras, o que não se nota muito, pois o baixo de Daniel é ultra distorcido, o que faz prevalecer como uma marca registrada da banda, mostrando seu Sludge Metal.
Após  lançar a demo Rock To Rua em 2014, lançaram em Abril de 2015 Antumbra, cd de estréia do duo que pode ser baixado aqui.
Daniel Silveira, vocalista/baixista  da Cassandra cedeu essa entrevista ao Box Alternativo. Confira. 


Como se deu  idéia de formar a Cassandra ? Era prá  ser como um duo mesmo ou essa concepção veio depois ?
  Já começamos com a idéia de fazer um duo. A inspiração foi a banda Talbot (Estônia) que também é baixo/batera e toca bem pesado. Mostrei uns riffs pra Karina e sugeri um ensaio e ela topou. Daí começamos a compor nossa primeira previsão.


Em meio há tantos duos que fazem ausência do baixo, vocês aparecem com um formato justamente inverso. Facilita em algo ?
  Não sei se facilita. Cada instrumento tem a sua maleabilidade e personalidade. Acho que estamos acostumados a ouvir acordes de guitarras como base pro rock. Pouca gente imagina um baixo como sendo um instrumento válido pra harmonias. Preencher o som com um baixo o tempo todo não é tão simples e a funcionalidade dele na música precisa ser mais riffeira e constante, já que não tem o mesmo sustain de uma guitarra. Os pedais de delay e fuzz ajudam bastante em certas horas. Nossa proposta é grave e densa e não haveria outro instrumento pra fazermos a Cassandra.



E como está indo a divulgação de Antumbra ? Vai ficar somente no formato virtual ou pretendem lançar em formato físico ?
  Estamos há 1 ano tocando o Antumbra na íntegra e alguns experimentos novos e no momento trabalhando em coisas novas. Temos tocado bastante em Curitiba e outras cidades quando nos é possível. Já fizemos gig pela capital paulista duas vezes e interior também, assim como Santa Catarina.
  O público pede material físico o tempo todo e estamos agilizando isso o mais rápido possível. A idéia é ter em Cd e LP, mas no momento o cd seria o mais viável.

Há outras bandas em Curitiba - ou fora dela - que tocam Sludge Metal ? No que consiste esse gênero ?
  Sludge significa "Lama" em português e é um termo genérico, uma materialização que a palavra nos traz semioticamente dizendo. Como rótulo é o som feito pela densidade e peso do som dentro da linha metal, mas não ficamos somente nessa área, também misturamos um pouco de dark-wave, no-wave e industrial. Em Curitiba estão rolando bandas que mesclam essa coisa toda com stoner ou progressivo como é o caso da Pantanum e Marte. Aqui tem uma cena bacana da Doom também. Temos visto o surgimento de bandas desse cenário em outras cidades: Ruínas de Sade (Brusque), Bertran de Born (Bauru), Suicide Shower (Pres. Prudente) Invasion de Cuervos (SP).

Fora o Antumbra, vocês participam de alguma coletânea ?
  Estamos na "Cogumelo do Cerrado Experience" e na "Stoned Union Doomed" que são virtuais e aguardamos o lançamento físico da coletânea da Rarozine. Todas com faixas do Antumbra já que a idéia é divulgar e porque não temos ainda nenhum material novo bem gravado.


A cena curitibana difere em algo da cena de SP, lugar de onde você nasceu e morou ? Qual sua opinião sobre isso ?
  A cena curitibana não deixa a desejar. Por aqui há muitas bandas correndo atrás e fazendo a cena existir com uma variedade enorme de vertentes musicais. Sinto que as bandas de São Paulo são mais raivosas e caóticas pelo fato da cidade exercer essa força sobre as pessoas e o que elas devolvem é essa truculência na música mesmo.



Hoje em dia, ainda vale a pena lançar trabalhos em formato físico ?
  Sempre tem colecionadores afim de material, por isso vale a pena. O legal de ter material física é eternizar esse registro vendo pelo lado da banda.

E os shows da Cassandra como são ?
  Costumamos tocar as músicas na ordem do disco, que foram compostas na mesma sequência da gravação. Escolhemos por tema o ambiente das florestas e bosques e nos preocupamos com os elementos visuais, seja por projeção de imagens ou máquina de fumaça pra dar o clima.

Como é o modo de composição de vocês ? Já vem pronto , ou rola durante os ensaios ?
  Compomos em jams sempre pra que a liberdade dos dois seja respeitada.

Há planos para um sucessor de Antumbra ? Pode dizer algo que possa adiantar ?
  Estamos trabalhando um novo EP que se chamará Animalia, e vai tratar sobre reinos e microcosmos, Bem orgânico mesmo. Algumas letras estão prontas e vão se alinhar conforme os ensaios e ainda não temos a capa.



CONTATOS :





Comentários

Pra quem não conhece o álbum, está no bandcamp pra ouvir.
Valeu a força, Alberto!
https://cassandrapreviu.bandcamp.com/album/antumbra-2015