A banda surgiu na cidade de São Leopoldo-RS em 2012, das cinzas da Viana
Moog, banda a qual Everton Cidade (vocalista), Leonardo Serafini (guitarra) e Cris Spaniol (guitarra)) faziam parte. Com a adesão de Mádger Barte (bateria) montaram a Siléste. E Após boa divulgação de seu primeiro trabalho em 2012, eles voltam com seu segundo trabalho, intitulado Alien/Iansã, mostrando seu pós punk caótico e experimental. Segue abaixo entrevista cedida por Everton Cidade, vocalista da banda.
Quando e como surgiu a Siléste ?
Em 2012.O Leonardo Serafini tava tocando baixo na Viana Moog, mas a banda já definhava,.Eu ,o Cris Spaniol e o Léo começamos a compor juntos. E numa benção o Mádger chegou e ocupou o lugar que sempre foi dele. Aí nos fechamos em nós mesmos.
Você fez parte da banda Viana Moog, banda que teve um reconhecimento dentro do underground. O que houve que a banda terminou ?
Foram 13 anos de Viana Moog. Só eu da formação original. Desde as fitas k-7 ate o segundo disco, eu sempre soube como a Viana deveria soar. Depois não mais. Foi assustador isso. Mas em resumo, a banda acabou por excessos de tudo em todos, Em não saber conciliar bandas paralelas, Se pôr num altar inexistente, recusar convites legais até cessar os convites legais, desinteresse do publico...
E o Siléste passa pelas mesmas referências da Viana Moog, ou difere de algo ?
A Siléste tem uma energia menos doente e destruidora que a Viana. A siléste procura o sol mais alto depois dos escombros. A similaridade ta em achar que Caymmi e as bandas da Creation Records são compatíveis.
Como está sendo a divulgação e recepção de Alien/Iansã ?
Boa. Falamos com pessoas, blogs que não tínhamos falado ainda...gentis rádios web tocam as músicas. Somos abençoados nisso. O Alien/Iansã é pra nós um envelope de boas vontades.
Acha que houve um pequeno amadurecimento na banda, em relação a este segundo trabalho ?
Houve sim. Muito pelo amadurecimento do Serafini como guitarrista e compositor e por estarmos ligados intensamente e emocionalmente. De estarmos confortáveis com isso.
Vocês usam uma fomação não muito usual, com a ausência do baixo e uma bateria imcompleta. Era a idéia da banda desde o início manter assim ?
Foi natural, como prezamos que tudo seja. O Léo se sentiu mais á vontade tocando guitarra. E a bateria é simples no único, no menos, como uma batida de coração. O Mádger toca tempestades.
Como são os shows da banda ? O público participa bem ?
O show é um reflexo da gente. O que o Cris, o Mádger e o Léo fazem no palco me impressiona sempre e muito. Sou só o vocalista, o vetor disso. Quanto ao publico, por menor que seja, sempre nos dá mais do que damos a eles.
Além da banda, você também escreve. Fale um pouco sobre isso, dos seus livros ...
A literatura é o tudo da minha formação. Publiquei O Santo Pó/p ( com ilustrações de Gabriel Renner), o Bonde Transmutóide com o Diego Gerlach, o Cosmodômo, e participei do Tropico Gotiko, zine da Lezma Records com vários fotográfos deslumbrantes. E também fiz o Santa Réus panfleto de poesia com o Filipi Fillipo.
Acha que o povo brasileiro lê pouco, como algumas pessoas dizem ?
Lê pouco ? Lê errado.
Sua linha de escrita segue algum gênero ? Quais autores você curte ?
Gosto de crer que faço parte de uma literatura marginal como estilo. Gosto dos concretos,dos beats, Oswald de Andrade, Hilda Hilst, Lorca, Rimbaud, Raduan Nassar, Sérgio L. Barboza...
Voltando ao Siléste, vocês pretendem lançar um novo álbum em breve ? Há algo que possa falar sobre ?
No final do ano lançaremos algo. Abrimos os trabalhos agora.
E o rock morreu ? Como você vê a produção independente nos dias de hoje ?
Há e sempre haverá bandas que transcendem o simplesmente ser ok. Artistas que se jogam espiritualmente com sua arte, que se expoem por que buscam maravilhas. E outros que são simplesmente ok. Que desgastaram os termos "cena" e "independente" por usarem esses termos como certificado de qualidade. Não basta colar o adesivo "apoie a cena independente" na sua foto pra isso te dar integridade e qualidade. Apoie a banda que voce ama. O rock é só um código. A arte é que importa.
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