TEENAGE DRUNKEN







O Teenage Drunken é um quarteto de SP formado em 2004 por Luiz Chagas (Guitarra & Vocal), Rafael Estavaringo (Guitarra & Backing Vocals), Magno (Bateria & Backing Vocals) e  Daniel Brito (Baixo & Backing Vocals).  Lançaram seu debut auto intitulado em 2004, e no momento estão divulgando seu segundo trabalho, True Anti Pop. Suas principais influências são variadas : Melvins,Tool, Dinosaur Jr, Lemonheads, Mudhoney, Nirvana, Sonic Youth, Black Flag, Red Fang, Tad, Bob Dylan, Fecal Matter, Tim Buckley, Velvet Underground, The Stooges, Pavement etc...
Confira abaixo entrevista cedida por Rafael Estavaringo, vocal e guitarrista da banda.


O Fale dos 2 cds lançados de vocês. Foi produção independente ou algum selo bancou ? (falar da gravação, produção, se há algo que difere um do outro trabalho, etc ).
Nosso primeiro álbum foi “Teenage Drunken” gravado em 2010, as musicas são bem diferentes, são mais simples, tem muito da nossa influencia grunge, bastante Melvins, Mudhoney e é claro Nirvana. A formação da banda era outra também, nessa época tocávamos em power-trio (Luiz: Vocal e Guitarra, Randal: Batera e eu no baixo). O disco foi todo bancado pela banda mesmo, foi uma experiência legal, na verdade foi nossa primeira vez gravando canal por canal, tudo era muito novo pra banda, aprendemos bastante coisa com esse primeiro álbum. Já o segundo foi algo mais pensado, ficamos cerca de 3 anos sem gravar nada só tocando por ai, deu tempo de buscar influências novas e ouvir coisas mais antigas. As musicas do True Anti Pop são um pouco mais trabalhadas, a formação também mudou, eu passei para a guitarra e isso acabou dando um boost no som da banda. O True tem muita influência de bandas mais progressivas como Sonic Youth, Flaming Lips e Tool. Bandas que apesar de a gente ouvir desde sempre, não estão tão presentes no primeiro álbum. Acho que ao ouvir os nossos 2 discos pode-se notar a mudança entre um e o outro.
E de onde vem o nome da banda ?
O nome da banda vem de duas músicas do Sonic Youth, Teenage Roit e Drunken Butterfly, juntamos as duas eu deu isso rsrs.

Boa parte das influência de vocês vem do grunge. Podem citar outras referências fortes no som que o Teenage Drunken faz ?
A gente ouve muita coisa diferente desde Rap, passando pelo Chico Buarque, pelo Jazz até a música experimental. Mas o que pode ser notado no som são as bandas dos anos 90, Sonic Youth, Pavement, Tool e por ai vai.

 E a cena local de vocês como anda ? Há bons shows e bandas tocando ?
Sim, boas bandas, o problema são os espaços e o público cabeça fechada que infelizmente é a maioria. Algumas pessoas dão mais valor ao cover do que as bandas autorais, não estou desmerecendo as bandas covers, de forma alguma, creio que há espaço para todos, o problema é o cara sair de casa e pagar R$15 ou R$20 pra ver o “Nirvana” cover e não querer pagar o mesmo valor pra ver um som autoral. O que acontece bastante nos shows é colocar bandas cover e autoral juntas, mas ainda sim não ajuda tanto, porque geralmente o espaço que é cedido pra nós é bem inferior em questão de estrutura quanto ao espaço cedido para as bandas cover, isso ainda é um problema por aqui.

Hoje em dia fica viável auto administrar uma banda ? Qual dificuldade ainda forte ?
Viável em termos, quando não se tem tanta pretensão, sim é viável, mas quando quer se tornar mais profissional complica bastante, na questão de shows principalmente. Não tem como a gente chegar no dono de uma casa de shows e falar: “Porra! Quero tocar aqui, minha banda é foda!” Temos que ter alguém pra fazer esse meio de campo pra nós. Nesses 10 anos de banda pegamos bastante contatos e isso facilita bastante na hora de arrumar um show ou um espaço pra fazer um evento com bandas autorais.




As letras falam de quê ?
As letras falam de tudo, tudo o que acontece no mundo, criticas sociais, políticas, sonhos, caos, criticas a nós mesmos e por ai vai.

Quais bandas daí você poderia citar como ativas no cenário local ?
Tem várias, tem o Color For Shane, um duo que faz um som foda, muita pegada dos anos 90 também. Tem o Wiseman que faz um hardcore desgraçado, Muff Burn Grace que é mais puxado para o stoner. Mary Chase também tem uma pegada foda de som. Essas bandas gravaram uma coletânea com a gente recentemente. Mas tem muita coisa boa por aqui.

Ainda acha importante uma grande gravadora por trás de um banda ou melhor o selo independente ?
Pra ser bem sincero nunca trabalhamos nem com gravadoras, nem com selos independentes, sempre corremos atrás dos shows, gravações, divulgação e equipamento. Creio que facilite bastante o trabalho da banda, deixando mais tempo livre para a criação de coisas novas e no suporte com equipamentos. Importante é sim, mas é possível sim correr sem eles, claro que a distância percorrida será menor.



É muito difícil manter a cena num país onde se predomina bandas e sons descartáveis por meio de gravadoras comerciais ?
Com certeza! As pessoas querem saber de dor de corno, bunda grande, cerveja e tudo mais, não tem tempo pra aceitar um som mais cabeça, que estimula o pensamento e o senso crítico. Isso é fato, mas acho que as pessoas da cena rock’n’roll também deveriam estar mais abertos para as bandas locais.

E já há planos para um sucessor de True Anti Pop ? O que podemos esperar ?
Sim, temos planos já, mas não previsão. Será todo baseado no livro 1984 de George Orwell, terá bastante distorção e microfonia, com vocais mais leves dessa vez, vamos experimentar bastante coisa nova nesse disco.

 



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