VALDEZ


Valdez é uma banda que pode-se dizer que faz um rock pesado com todas as letras e som que emitem. Vindos de Brasília-DF , a banda é um power trio formado por Diego Mendes (vocal/guitarra), Everaldo Maximus (baixo) e Sergio Mota (bateria) . Lançaram recentemente seu novo trabalho Diabo Nas Entranhas, produzido no Estúdio Volts por Márcio Jr. vocalista do Mechanics. Em sua mistura sonora há variações  que vão do punk e garage rock, passando pelo grunge e fincando estaca no stoner . Confira entrevista cedida por Diego Mendes , vocalista e guitarrista da banda .


De onde veio o nome Valdez ? Algum significado ?
Na real, de inicio, o nome não tinha nenhum significado especial. Escolhemos porque aos nossos ouvidos soava bem! Mas acredito que o nome acabou trazendo um sentido de unidade, tipo Ramones saca ? Como se representasse uma entidade por si só.

Quantos trabalhos foram lançados ? Dá prá falar de cada um ?
Nós temos dois discos: Colóquios Flácidos Para Acalentar Bovinos (2010) e Diabo nas Entranhas (2015). Fora isso nós temos um split com Enema Noise chamado Mais do Menos de 2012 e dois singles que botamos somente na internet chamado Fuzzy/Endorfina em 2013.

Como está esse último trabalho ? Ele difere em algo dos cds anteriores ?
O nosso último trabalho "Diabo nas Entranhas" é o nosso melhor na minha opinião. Gravamos numa estrutura melhor do que os anteriores e teve a produção do Márcio Jr. (Mechanics), que trouxe um grande ganho pro trabalho! O som continua sendo aquela coisa barulhenta e pesada porém mais experimental com uma certa dose de psicodelia que não tinha nos anteriores.


Ele sairá por algum selo conhecido ou será bancado pela própria banda ?
O lançamento tá sendo dentro dos padrões modestos de uma banda totalmente independente de garagem com a gente bancando grande parte. Mas estamos contando com o apoio de dois selos de amigos nossos nesse processo: o Lombra Records daqui de Brasilia e a SubFolk da Paraíba.

Escutei o som de vocês e senti uma certa influência de Walverdes de cara. Confere ? E quais outras influências fariam parte o som do Valdez?
Com certeza Walverdes é uma influência. Anticontrole foi um disco que ouvi e abriu muitos horizontes pra mim no sentido de uma banda que faz musicas baseada em riffs de guitarra e bateria porrada em português e consegue soar bem e natural. Pode parecer estranho mas na época não achava que isso era possível. E quando eu pensava em rock em português com exceção de bandas punks e de hardcore não conseguia gostar de muita coisa. Outras influências que eu posso te citar são Black Sabbath, Stooges, Kyuss, Nirvana e por aí vai....

Brasília tem uma história nos  anos 80, de bandas autorais. Até onde isso influencia no trabalhoi de vocês ? Atualmente a cena local mantém, essa aura de fazer um trabalho próprio e correr e atrás ?
Não temos influências dessas bandas dos anos 80 que as pessoas amam. Sabe, simplesmente não nos emocionam. A cena em Brasilia, aliás no DF todo sempre foi muito plural. Aqui rola banda de todo o tipo que você imaginar. E mesmo com a falta de espaço e estrutura e também com a maioria do público estagnada nos anos 80, a bandas continuam surgindo e produzindo.


E quais bandas locais você indicaria ?
Worsa, Galinha Preta, Terror Revolucionário, Lastro, Signo XIII, Hard Drugs Society, Darshan, Os Gatunos;;;

Recentemente vocês tocaram no Goiãnia Noise. Já haviam tocado antes lá ? Como foi ?
Foi a segunda vez que tocamos no Noise. A primeira não vou saber te dizer o ano ao certo, talvez 2013. Dizem que o show desse ano foi melhor que o primeiro hehehe.... Eu particularmente curti e curti mais ainda ver o Ratos de Porão com a formação do Crucificados pelo Sistema, fora os shows dos nossos amigos do Zefirina Bomba e Mechanics!

E os shows do Valdez como são ? Vocês se apresentam muito ao ar livre, não é ? Em espaços públicos e tal...
Então, a gente em parceria com um grupo de amigos também músicos e agitadores, temos um projeto chamado F.O.D.A. Pública, que significa Festa de Ocupação Dinâmica de Área Pública. Nós temos um gerador e organizamos shows em espaços públicos do Distrito Federal. Com isso levantamos a bandeira da ocupação da cidade pelas pessoas com arte e cultura e também é uma solução para a problemática da falta de espaço para as bandas autorais se apresentarem. Aqui as pessoas valorizam bandas covers, e o poucos espaços meio que são voltados pra esse seguimento. A gente com esse projeto já rodamos senão todas, quase todas as cidades satélites do Distrito Federal. E cada lugar é uma experiência nova. Pelo fato de ser aberto no meio da rua, muitas vezes colam pessoas que não são do movimento do rock, que só tão ali passando por acaso e ficam surpresas por a gente "existir" hehehe. Outro lance legal do F.O.D.A. é que as bandas que participam de um show, sempre contribui com alguma parte do equipamento. É uma ação cooperativa. Acho que isso contribui pra um senso de unidade dentro da cena. E afinal de contas tá todo mundo se fudendo juntos hehehe..






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