Mas eis que depois de 4 anos, Ayuso
(vocal/guitarra) e Herik (bateria) decidem voltar, apoiado por Fedo
(baixo/vocal), com planos de um novo trabalho e também antes disso, relançando
seu último trabalho, Expurgo, de 2009. Confira entrevista cedida por Ayuso.
Como é depois de
4 anos, ligar a guitarra e se apresentar por aí ?
Sei lá, para mim é como andar de
bicicleta, depois que se aprende a se equilibrar em cima de uma... não tem
muito segredo não. O mais legal é o entusiasmo, é como matar a saudade de uma
pessoa que gostava muito e que se encontrava distante, pois fazia muito tempo
que não a via. É essa sensação de reencontro consigo mesmo.
Acha que mudou alguma
coisa, durante esses anos?
Porra nenhuma, continua a mesma coisa,
só que talvez pior, pois aqueles malinhas lá do passado agora viraram malões! E
continuam carregando os reis dentro da barriga. A falta de estrutura, de
público, de gente interessada, de incentivos, continuam a mesma bosta!
Por que a ideía
de relançar o Expurgo ?
Na real não foi um relançamento, mas
apenas uma versão remasterizada digitalmente. Para que algumas pessoas voltassem a se interessar por nosso som e talvez,
passassem a redescobrirnos, quem sabe passem a entender melhor aquilo que
passou despercebido no passado? A esperança é a única que morre...rs
Quantos cds vocês
lançaram desde o início ? Qual na sua opinião foi o mais trabalhoso ?
Cd mesmo, tipo ábum, foi o expurgo,
embora tenhamos trabalhado em outros projetos, tivemos uma pequena tiragem dos
nossos dois primeiros trabalhos de estúdio (Demo 2003 e Farsa 2005), posterior
ao expurgo, tivemos um bootleg também confeccionado artesanalmente por nós
mesmos. O mais trabalhoso, certamente, foi o expurgo, no qual nos encontramos
como uma banda mesmo, dentro de um estúdio, junto de um produtor e levou dias,
horas, quase meses para ser finalizado.
E como foi
reativar a banda ? como se deu isso?
Bacana, tu vai ficando velho e sente
falta de resgatar aquilo que te faz sentir jovem! O Monaural foi algo que exigiu muitos anos de dedicação e após esse hiato,
obviamente que já estávamos ansiosos para trabalharmos juntos novamente e
resgatar aquelas composições. Na real, estamos refazendo tudo de novo, começando lá de trás, refazendo e e
lapidando composições que foram gravadas de forma amadora e que não demos a
devida atenção na época.
O baixista da vez
é o Fernando. Sempre tiveram problemas com eles ?
Baixistas? Sim, mas foi bom ter a
passagem de todos pela banda, aprendemos com eles e eles também aprenderam com
nós. O importante é o hoje, o que se vive agora, o amanhã é muito incerto...,
talvez amanhã a banda acabe novamente, nunca se sabe.
Quando irá rolar
novo material ? Já pode dizer algo ou se já estão rolando novas composições ?
Será diferente do que o Monaural já fez ?
Estamos relapidando canções antigas e
talvez gravaremos algo novo, sim. Diferente, claro! Estamos buscando um caminho mais metal, tocando de forma mais
ecônomica, sem muitos detalhes, simplificando e tentando deixar tudo mais organizado,
pesado e direto.
E de shows como
está o Monaural ? Como é a reação do pessoal?
Ainda é cedo, tentei levantar uma
agenda de shows, para sair tocando por aí, sabe?
Introsar a nova formação e ver o que sai. Nossa primeira apresentação foi no cidadão do mundo, e tava bem miado de gente, mas, as poucas pessoas que estavam ali, pareceram gostar bastante, algumas delas, disseram que ficaram surpresas com a nova roupagem da banda.
Introsar a nova formação e ver o que sai. Nossa primeira apresentação foi no cidadão do mundo, e tava bem miado de gente, mas, as poucas pessoas que estavam ali, pareceram gostar bastante, algumas delas, disseram que ficaram surpresas com a nova roupagem da banda.
De bandas novas
daí, qual você destaca
Sei lá, estou por fora..., só ando
vendo bandinha brazileira querendo soar como as gringas..., aquela fórmula
batida de se cantar super mal em inglês, mas que é cool, tem público pra isso
aqui, esses indies de merda..., sempre foram um pé no saco!
Mas, tem suas excessões..., penso que uma delas seriam o Giallos e seu disco de
estréia (CONTRA!)
Finalizando,
ainda vale a pena se dedicar no cenário independente ?
Acho que é válido fazer aquilo que
gosta e se tem vontade, o resto é consequência.. Valeu aí pelas perguntas e tudo mais. Grande abraço.
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