Musa Junkie



Conhecida no início dos anos 90 como Musa Junkie Suicida,a banda começou ainda como um duo criado por Edliano e José De Jesus, que se conheciam de tempos de escola.Em pouco tempo se juntou a eles Beto (hoje no Rotten Flies). Era 1990, época em que o hardcore predominava na cidade de João Pessoa. Isso até a banda surgir com seu som, misturando punk e indie rock com muito punch.
Entre 2006 a 2011 a banda passou por um hiato,devido  Edliano passar uma temporada fora do Brasil.Antes disso, participaram de coletâneas e lançaram 2 eps (Bohemia e Soul Do Tempo Antigo).
Já em 2011 Edliano volta ao Brasil,e o Musa Junkie retoma suas atividades como um trio, com ele, Edy Gonzaga e Nildo Gonzalez (que entrou no lugar de Beto, desde o segundo Ep).Desde então a banda vem se apresentando em festivais e apresentações em João Pessoa.Confira o papo que tive com Edliano e Edy.                                                                           



Fale do início da banda.
Ediliano: O inicio partiu de um convite de Beto (Rotten Flies) pra fazer parte de uma banda com o José de Jesus (primo de Ramsés, da Rotten Flies). Fui convidado para tocar baixo na banda, e apesar de nunca ter tocado baixo, só arranhava algumas coisas no violão, ele falou que não tinha problema e poderíamos tentar algo. Nos reunimos, conversamos sobre música e marcamos uma Jam na serigrafia do Jáder (Ugly Duck), amigo nosso. Bebemos mais do que tocamos naquele dia rsrsrs ... Assim começou a Musa Junkie Suicida. O Edy entrou depois de um show que fizemos, no anfiteatro da UFPB (primeiro show com Nildo na bateria), tinha acabado de voltar de Brasília, assistiu a esse show e resolveu entrar na banda. Foi engraçado, porque ele simplesmente chegou e disse “vou tocar com vocês e pronto”. No dia do ensaio, apareceu lá com a guitarra e tocou todas as canções. Enfim, tá na banda até hoje. José de Jesus (guitarra e voz) outro grande parceiro, foi morar no Ceará e por causa da distancia, tá no stand by.

E como está a cena musical da região agora ?
Edliano: Acredito que temos muitas bandas que fazem um bom som por aqui. Sempre tem fases em que a cena fica mais agitada e fases em que a cena fica mais calma, mas sempre tem alguém fazendo barulho por aí. Não temos muitos lugares disponíveis para o rock and roll, mas os poucos que temos são bem ativos, é o caso do Espaço Mundo e Pogo Pub. Dentro de outras vertentes musicais temos o Vila do Porto, Sabadinho Bom, Cachaçaria Philipéia, etc. Temos também programas de rádio mais alternativos como é o caso do Jardim Elétrico (Olga, Everaldo Pontes e Adriano) e o Espaço Cultural, com Arthur Pessoa. Temos também a Música Urbana, uma loja que vende CDs, livros, camisas, DVDs, instrumentos musicais etc. do nosso amigo Robério, que sempre dá uma força pra cena local.

Quando foi lançado o Bohemia, primeiro EP do Musa Junkie ?
Edliano: Não lembro, rsrsrs.
Edy: Algum momento dos anos 90.. Acho eu, não fazia parte da banda.

Eram crus em estúdio na época ?
 Edliano: Acredito que o único que tinha alguma experiência em estúdio era o Beto. Eu nunca tinha ido a um estúdio. O primeiro foi gravado nos fundos do quintal de Alex Madureira. Pode parecer tosca a gravação, mas foi um bom registro pra época e para as condições que nós tínhamos. Ficamos felizes com o resultado.

O segundo EP foi lançado pela Solaris Records, selo potiguar daí. Ainda existe?
Edliano: Não sei, faz um bom tempo que não falo com Alexandre Alves, sei que a banda dele, a The Automatics, ainda existe e continua fazendo barulho da melhor qualidade na cena potiguar !


Quantas cópias foram lançadas de Melodias e Distorções ?
Edliano: Se bem me lembro, lançamos esse material na net completo com capinha e tudo para download gratuito. O Wilson da banda Pastel de Miolos da revista digital VERBO21, disponibilizou o “Melodias e Distorções” no site da revista. Não fizemos o CD físico ainda...!

 Levou um tempo para voltar a rolar entrosamento entre vocês, já que Edliano tinha passado seis anos fora do país ?
Edliano: Não, quando nos reunimos no estúdio parecia que tínhamos ensaiado no dia anterior. Somos muito práticos com relação a isso. É chegar, plugar e se divertir. Por falar nisso, vou pegar mais uma cerveja aqui pra gente rsrsrs.
Edy: Foi bem assim man. Sempre q nos reunimos, parece que sabemos o que queremos tocar e como queremos tocar. Sempre foi muito simples e direto.


E como foi a resposta do pessoal em relação ao novo trabalho?
Edliano: A receptividade foi muito boa, as críticas também. Sem dúvida, o “Melodias e Distorções” é um divisor de águas, não querendo significar que águas passadas não movam moinhos rsrsrs. Se você ouvir do “Bohemia” até o “Melodias e Distorções” vai entender o que quero dizer.
Edy: O “Melodias e Distorções”, lançado ano passado e o Done (a ser lançado em julho deste ano), tem uma característica específica de serem canções compostas exclusivamente por Edliano em sua temporada fora do país. Demos uma ouvida em muitas canções que estavam no HD e escolhemos essas pra trabalhar. Tem realmente uma 'pegada' diferente. O Done, já gravado e preparado pra ser lançado é uma continuação do que fizemos no anterior, só que tivemos mais tempo pra trabalhar, pois o anterior foi gravado em um único take ao vivo, com edições posteriores. Esse já foi todo criado e gravado com Edliano morando no Brasil, o que facilitou bastante.

Edy, você é envolvido em várias bandas da região pessoense. Como é conciliar isso tudo
Edy: Acho bom, isso permite trafegar por diversos segmentos e me propicia uma 'certa experiência' em tocar sons com características diferentes. Acho isso rico musicalmente. Porém, quando a questão é agenda, o bicho pega. Além de tocar com diversas bandas (Cabruêra, Zefirina Bomba, La Gambiaja, Old Men School), também sou jornalista e trabalho na área. Tem que ser uma agenda bem pensada e vida social sacrificada, hehehe. Mas o importante é que como são todas bandas autorais, posso exercitar a questão de compor e trabalhar arranjos em linguagens muito diferentes. Além de me divertir, claro.



O Nordeste está bem abastecido de boas bandas?
Edliano: Sim, além de boas bandas, estamos abastecidos de gente que quer/faz isso aqui acontecer de alguma forma, e com todas as dificuldades encontradas no caminho. Como diz o nosso amigo Jesuíno André : “tá no rock é pra se lascar mesmo” rsrsrs.
Edy: Acho que tem boas bandas em todos os recantos. Quem quiser ouvir coisas boas da cena independente é só procurar que acha. Como Edliano falou, acho muito importante também a figura do produtor, que tem se profissionalizado cada vez mais. Isso contribui muito pra cena.

Cite algumas que você indicaria.
Edliano: O problema de citar bandas é que sempre fica alguma banda que nós gostamos de fora da bendita lista. Vamos lá... Skate Aranha, The Honkers, The Automatics, Maxim de Mamãe, Far From Alaska, Old Men School, Comedores de Lixo, Snooze, Zefirina Bomba, Pastel de Miolos, The Noizy, Celerados, AEP, Madalena Moog, E.R.R.O, Rotten Flies, Malaquias em Perigo, NosKill, La Gambiaja, Cabruêra, Seu Pereira e o Coletivo 401, Sonora Samba Groove, Space Cookie Invaders, etc...!!
Edy: São muitas, passaria um dia inteiro citando. Mas assino em baixo dessas citadas por Edliano.

Como é o processo de composição da Musa Junkie?
Edliano: Primeiro vem à melodia, depois passo para o violão, por ultimo vem à letra, às vezes com nonsense, às vezes autobiográficas. Depois nos reunimos e tocamos as canções novas, daí surgem mais ideias a partir da melodia original. Posso dizer que todos da banda ficam bem à vontade, para fazer o que quiser nas canções. Não existe líder ou ditador fazendo pressão ou dizendo como a canção tem que ser. As canções fluem naturalmente.

E quais as influências?
Edliano: Eu cresci ouvindo The Beatles (que é a minha maior influência) e o ABBA, depois vem o Pixies e uma série de bandas do garage rock, surf music, punk rock, Funk music, Soul music e outras coisas que considero muito boas, não necessariamente provenientes do rock.

Planos para o futuro?
Edliano: Sim temos. Diversão, diversão e mais diversão!!
Edy: Estamos lançando o CD Done em julho, gravado no Estúdio No 10, do nosso amigo e produtor Pedro Paulo Barros e seu comparsa Pedro Regada. O CD vai ter capa feita pelo Kin Noise. Tiveram participações legais do João Henrique (trompete), Alana Franco do Old Men School (vocal em SUNDAY), Sofia Giacra e o próprio Pepê, Pedro Paulo. Daí pretendemos tocar e pegar a estrada. E como disse Edliano, diversão!

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Tel: (83) 8796 4680 / (83) 8889 1019












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